27º dia – De Santiago, Chile a Valparaíso e Viña del Mar, Chile

Antes de sairmos de Santiago conheci uma pessoa muito interessante que havia acabado de chegar ao Hostel. A simpática jornalista americana Ida Antares Becker. Ela está fazendo uma viagem ao redor do mundo durante um ano para conhecer o que as pessoas tem como sua “verdade”. Ela está desenvolvendo um projeto chamado Universal Truth Project (site www.utruthproject.org). Já viajou pela Ásia, Oriente Médio e África do Sul. Ela tem visto que quanto mais pessoas ela conhece mais ela percebe que as pessoas são iguais. Santiago foi sua primeira parada na América Latina. Para minha surpresa fui convidado a fazer uma declaração sobre minha verdade e fui parar no site dela.

De Santiago a Valparaíso, no litoral do Chile, dá aproximadamente 1 hora e meia de carro. O tempo estava excelente em Santiago mas chegando em Valparaíso estava totalmente nublado e até frio.

Valparaíso e Viña del Mar são cidades que são praticamente coladas uma na outra mas totalmente distintas. Valparaíso é antiga e Viña del Mar é moderna. Valparaíso está mais para Vila Madalena e Viña Del Mar mais para Jardins. Valparaíso é famosa pelas casas de madeira que ficam nos morros (Cerros) e coloridas. Suas ruas são bem íngremes. Lá fica uma das casas que já viveu o escritor Pablo Neruda.

Viña del Mar as casas são modernas, há diversas mansões de frente para o mar, casinos. Há um festival musical famoso que acontece todos os anos chamado Festival de Viña. Há um relógio de flores bastante conhecido na rua principal.

Acabamos ficando em Valparaíso num hostel no Bairro de Villa Maria Antonieta. Lá conhecemos a figura ímpar de Raul, um chileno que fala bastante, mas bem simpático. Conversamos de distintos assuntos, desde política, aspectos sociais, povo. Ele gosta muito do Brasil, já chegou cantando músicas brasileiras para nós. Muito engraçado.

Mais tarde fomos conhecer a noite de Valparaíso. Fomos no El Huevo. Uma mega balada com 4 andares com pista de salsa, pista eletrônica, pista de reaggeton, pista de som ao vivo, pista de som anos 80 e karaoke. Tem um terraço no topo do prédio com a visão do mar, das pistas de dança e dos morros. Lindo!

Na saída para matar a fome um Hot Dog com Guacamole, segundo Raul, “el mejor hot dog del mundo” hehehe. Calma muchacho!

26º dia – Santiago, Chile

Pegamos um tempo muito bom em Santiago. Muito quente de dia e fresco a noite.

Fomos conhecer a cidade. Lembra muito o centro de São Paulo, com prédios antigos e colados um no outro. Há diversos calçadões. Fomos direto no Paseo Ahumada. Demos uma volta por lá. Há muita gente nas ruas. Pessoas de diversas idades, diversas lojas, casas de câmbio, vendedores ambulantes de Huesillos uma bebida típica que leva pêssego e o sabor lembra muito pêssego em calda. Em toda esquina vende Huesillos.

Os cafés são engraçados. Há diversos cafés e em todos eles há mulheres com microsaias servindo cafés. Um dos mais famosos é o Haiti com dezenas de lojas. São conhecidos como Café con Piernas. E vão desde homens, mulheres e famílias. Há outros mais suspeitos com vidros escuros com atendentes usando roupas um pouco mais ousadas. Devem servir outras coisas mais além do café.

Fomos até o Cerro San Cristóbal. Lá você tem uma linda vista 360º da cidade.

Já com fome fomos até o Mercado Central, o equivalente ao Mercado Municipal de São Paulo, só que em dimensões bem menores. Não há a mesma diversidade de frutas de São Paulo, mas o lugar é simpático e vale a pena conhecer. Eu estava tirando fotos e filmando quando fui avisado para tomar cuidado com os ladrões.

Há um restaurante que domina o Mercado Central, o Donde Augusto. Lá comemos Paella e experimentamos a famosa Centolla, um mega siri pela bagatela de R$ 100 por pessoa. Caro, mas vale a pena pelo sabor e pelo show do garçom ao cortá-la.

Passamos no supermercado para algumas compras do nosso jantar e fomos pegar uma piscina no Hostel.

Conhecemos um pessoal de Floripa que prentendem fazer uma viagem de 1500 km de bike. Doidos. Estavam em 7 pessoas. Doidos porque já conhecíamos as estradas que eles pretendiam pegar. Nós de Pajero, já sofremos um bocado, fico imaginando o que será passar pelo mesmo caminho de bicicleta.

26º dia – De Pucón, Chile a Santiago, Chile

Logo cedo pegamos a estrada em direção a Santiago. No caminho passamos por Villarrica, uma cidade que leva o mesmo nome do Vulcão Villarrica.

Foi uma viagem tranquila. As estradas do Chile são excelentes. Chegamos no final da tarde e nos hospedamos no Hostel La Casa Roja, no bairro chamado Brasil. A casa é bem antiga, com portas de 3 metros da altura e pé direito de uns 4 metros. Tudo de madeira numa decoração do começo do século passado.

Santiago é uma metrópole cercada pelos Andes. Chegando próximo da cidade é possível ver a poluição no ar que até dificulta a visão dos Andes para quem está na cidade. Mas é uma cidade bonita cercada de vinícolas da Rota do Vinho.