31º dia – De Corrientes, Argentina a Foz do Iguaçu, Brasil

Saímos cedo em direção ao Brasil pela Ruta 12 que margeia o Paraguai. Havíamos lido relatos em fóruns de que os policiais rodoviários (Policia Caminera) são corruptos nesta estrada. Que apesar do carro estar ok, ainda assim pedem uma gorjetinha.

Bom, aconteceu uma vez neste trecho. Um policial nos parou perguntou se tínhamos todos os equipamentos obrigatórios como 2 triângulos, cabo de aço para reboque, autorização para circular e perguntou a profissão de cada um. Em seguida, veio pedir uma gorjetinha para una “gaseosa” una “coca-cola”. Não queríamos dar dinheiro, então fomos pegar o café brasileiro que havíamos levado do Brasil para ocasiões como essa. Demos 2 pacotes de café, um para cada policial de plantão e nos liberou em seguida. Saiu barato.

A última cidade que passamos antes de chegar ao Brasil foi Puerto Iguazú. Comparada a Foz do Iguaçu no Brasil, é uma titica. Deve ter no máximo 3 postos de gasolina. Mas ficamos impressionados com o Hostel International de lá, a beira da estrada com uma piscina grande que mais lembrava um hotel. Mas decidimos ficar no Brasil.

Finalmente chegamos a aduana brasileira, que nada nos pediu. Não preenchemos nenhum formulário de que estávamos carregando grãos, sementes, frutas, derivados de carne, etc. Nada. Diferente do que acontece com as aduanas chilenas e argentinas que são bem rigorosas. Passamos direto. Somente um Policial Federal nos perguntou se éramos brasileiros, mas não checou nada. Assim passamos para o lado brasileiro!

Num primeiro momento é estranho. Ver as placas escritas em português. Fui pedir uma informação na rua e por pouco não pergunto em espanhol como estava acostumado a fazer durante toda a viagem.

Fomos para o Marco das Três Fronteiras, um ponto onde se pode avistar o Paraguai, Argentina e Brasil ao mesmo tempo. Lotado de turistas chilenos, argentinos e europeus.

Mortos de fome fomos direto a uma churrascaria, o Búfalo Branco. Nos “deslizamos” como diria o Roberts.

Ficamos no Hotel Mirante, bom e barato. Saiu R$ 35 por pessoa num amplo quarto quádruplo com café-da-manhã. Tem até uma piscina. Muito barato. A maioria dos hóspedes era argentino, então não dáva ainda aquela sensação de estarmos no Brasil.

A noite, seguindo recomendações, fomos até o Capitão Bar. Tomamos um mega mojito que vem numa jarra. Muito bem preparada por sinal.

30º dia – De Córdoba, Argentina a Corrientes, Argentina

Pretendíamos fazer uma pernada longa até Foz, saindo de Córdoba, mas a distância de 1400km nos desanimou.

Não sabíamos se iríamos ficar em Resistencia ou Corrientes, cidades vizinhas. Passamos por Reconquista e nos pareceu uma grande favela. Muitas pessoas de charretes, motos com 3 pessoas, casas de madeira. Parecia uma cidade bem hostil.

Paramos para dormir em Corrientes, uma cidade bem pobre, mas um pouco melhor que Resistencia, que nada tem a ver com Mendoza, Córdoba ou Buenos Aires. Lembra mais uma cidade paraguaia. Até a fisionomia do povo é diferente.

Corrientes faz divisa da Argentina com o sul do Paraguai. Achamos um hotelzinho com estacionamento perto do centro.

A ansiedade começava a tomar conta de todos. No dia seguinte chegaríamos ao Brasil. Começamos a falar das saudades que estávamos de uma picanha, um rodízio, pão francês, feijão, coxinha, etc.